Páginas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

AOS ALUNOS DOS 6º s ANOS DO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR ILHEUS
Assistam ao vídeo  e tirem as dúvidas do novo acordo ortográfico.


Texto: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá – Jorge Amado
 O Tempo prometera a Manhã uma rosa azul se a história que ela lhe contasse fosse boa. Era uma história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.
          Gato Malhado era um gato já velho, mal-humorado e muito mau. Um dia, todos os animais do parque fugiram do gato mas uma jovem andorinha permaneceu num galho de uma árvore. Tiveram um pouco a conversar, ou melhor discutir.
          Desde ai, o Gato Malhado só pensava na Andorinha Sinhá e vice-versa. Numa manhã ele passeou pelo parque e os seus pés levaram-no até a casa da Andorinha. A partir daí todos os dias se encontravam para passear e conversar. Já no fim do Verão, o Gato disse a Andorinha que até casava com ela, ao qual ela respondeu que andorinhas não se casavam com gatos. Depois disso, a Andorinha andou desaparecida.
          Andou pela boca dos animais um boato que a Andorinha namorava com o Gato, e todos criticavam ambos.
          Algum tempo mais tarde, já no Outono, o Gato soube que a Andorinha estava de casamento marcado com o Rouxinol,  muito amigo dela. Desde então, o Gato Malhado, passou a andar triste e mal-humorado para todos.
          Revoltado, o Gato matou alguns dos animais que começaram com os boatos.
          Já no Inverno, ocorreu o casamento do Rouxinol com a Andorinha Sinhá. Era tanta a tristeza do Gato Malhado, que ele decidiu caminhar até ao Fim do Mundo. Este viu a Andorinha, pela última vez no casamento, ela também o viu. Na cara dela via-se também tristeza, pois gostara também do Gato, mas fora obrigada a casar com o Rouxinol.
         A Andorinha Sinhá deixou cair uma pétala de rosa do seu buquê sobre Gato, a qual ele colocou  no peito, parecendo uma gota de sangue.
         Quando o gato saiu de lá, a pétala brilhou e encaminhou-o até ao Fim do Mundo.
         Assim, a Manhã recebeu a rosa azul do Tempo


Biografia  Jorge Amado
Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais representantes do romance regionalista da Bahia.
Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.   
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia. 
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obrasliterárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc. 
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.  
São seus livros
O País do Carnaval, Cacau, Jubiabá, Terras do Sem fim, A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água, Seara Vermelha, O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz, Os Subterrâneos da Liberdade, Gabriela, Cravo e Canela, Suor, Mar Morto, Capitães de Areia, São Jorge dos Ilhéus, Os Velhos Marinheiros, Os Pastores da Noite, Dona Flor e seus Dois Maridos, ABC de Castro Alves, O Amor do Soldado, Bahia de Todos os Santos, A Estrada do Mar, Tereza Batista Cansada de Guerra, Tieta do Agreste, Farda Fardão e Camisola de Dormir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário